Formação: 1) Medicina em 1986; Endocrinologia: Especialização em 2010.

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domingo, 26 de novembro de 2023

HIPERTIREOIDISMO

Hipertireoidismo

A tireoide é uma glândula em formato de borboleta que fica na região do pescoço e mede cerca de 5 centímetros.                                                                Seu funcionamento repercute em todo o organismo e interfere no ritmo dos órgãos.                                                                                                                    A liberação dos hormônios ocorre a partir de um comando da hipófise, estrutura localizada no cérebro.

O hormônio T3 é produzido em menor quantidade e atua de fato no metabolismo.

O T4, fabricado em maior volume, é menos potente e, durante seu trajeto pelo corpo, acaba transformado em T3 para agir nas células.

Com o aumento da quantidade de T3 e T4 na corrente sanguínea, o hipertireoidismo provoca uma aceleração de todo o organismo.                            O coração fica agitado e bate mais rápido, o que favorece episódios de taquicardia.


O excesso desses hormônios também mexe com o cérebro e promove quadros de ansiedade, insônia e nervosismo.                                                                      Esta doença desregula a digestão e causa intolerância ao calor.

Outra manifestação comum da doença é a exoftalmia, uma alteração nos músculos da parte de trás dos olhos.                                                                    Não se sabe ainda as causas do problema, mas água e proteínas começam a se acumular no local.                                                                                               Esse volume extra empurra o globo ocular para a frente: o olho fica saltado.

Com o metabolismo acelerado, quem sofre com a disfunção tem um consumo de energia elevado.                                                                                                  Para suprir essa constante demanda por combustível, o corpo começa a se desfazer dos estoques de gordura no tecido adiposo.                                          O indivíduo emagrece bastante e de forma rápida.

Causas do Hipertireoidismo:

- Doença de Graves: é um distúrbio autoimune (o próprio sistema de defesa ataca a tireoide).

- Falta de iodo na dieta.                                                                                   Obs.: O iodo, por ser obrigatório no sal de cozinha, reduziu o número de casos provocados por sua deficiência.

Bócio: é um inchaço na altura da garganta, é uma das evidências da falha da tireoide e pode propiciar o hipertireoidismo.                                                            O inchaço evidente na região do pescoço é resultado de uma massa que comprime a traqueia e dificulta a respiração.

O quadro, que também está relacionado à falta de iodo, pode ter origem em doenças autoimunes, tumores ou no uso de alguns medicamentos.

Sinais e sintomas:

- Emagrecimento rápido e aparentemente sem motivo.

Olhos saltados

- Taquicardia

- Perda de peso rápida

- Unhas frágeis e quebradiças

- Queda de cabelo

- Agitação

- Impaciência

- Depressão

Fatores de risco:

- Condição autoimune em mulheres acima dos 40 anos 

- Doença de Graves

- Nódulos na tireoide

- Uso irregular de medicamentos contra o hipotireoidismo

- Bócio

Prevenção:

O fator alimentar mais importante para a formação dos hormônios T3 e T4 é a ingestão adequada de iodo. Para resguardar a tireoide, são necessários 150 microgramas por dia.

O mineral aparece em boa quantidade no sal de cozinha, em frutos do mar e em peixes como a cavala, o salmão, a pescada e o bacalhau.

Diagnóstico:

 - exames de laboratório para avaliar: T3 e T4 na circulação. Neste caso, os 2 hormônios estarão elevados.

- TSH (hormônio produzido pela hipófise e que incentiva o trabalho da tireoide): estará abaixo do normal.

Tratamento:

- Remédios de uso oral que bloqueiam a liberação exagerada de hormônios pela tireoide. 

Dependendo do estágio do hipertireoidismo, é possível recorrer à cirurgia para retirar a tireoide ou realizar uma terapia com iodo radioativo, que destrói parte da glândula. 

Para controlar a exoftalmia, ou a projeção dos olhos: deve ser acompanhado também pelo oftalmologista. Poderá haver prescrição de medicações orais, colírios, pomadas e até cirurgia ocular, conforme o caso.



Dra. Nise Aranovich - CRM-SP: 55585

Rua Itapeva, 518- CJ 1301, Bela Vista - São Paulo, SP

F: (11) 5043-6373/ (11) 95090-5455

Site: nise-aranovich.com


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